SANEOURO LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL DA EPAR OSSO DE BOI
Lançamento é um marco histórico para Ouro Preto, cidade mineira Patrimônio Cultural da Humanidade; Unidade vai tratar 100% do esgoto coletado na sede e deve mudar o panorama do saneamento, o dia a dia e a saúde dos moradores
Com presença do prefeito Ângelo Oswaldo e de autoridades locais, a Saneouro lançou nesta quarta-feira (16 de outubro) a pedra fundamental da Estação de Produção de Água de Reúso (Epar) Osso de Boi, na sede. A unidade vai colocar Ouro Preto de volta ao saneamento básico completo e de qualidade, já que no local será tratado 100% do esgoto coletado na sede.
“Para nós da Saneouro, o lançamento da pedra fundamental é um marco histórico. A Epar Osso de Boi vai mudar a realidade de milhares de famílias ouro-pretanas e temos muito orgulho de dizer que esta cidade, que é patrimônio da humanidade, finalmente terá tratamento de esgoto”, comemora o superintendente da empresa, Evaristo Bellini.
As obras da Epar Osso de Boi vão durar 18 meses e o investimento total previsto na estação e na construção de redes e estações elevatórias é de R$ 40 milhões. Ao final da segunda fase de implantação, a estação terá capacidade de tratar 125 litros de esgoto por segundo.
Tecnologia
A Epar Osso de Boi vai utilizar a tecnologia norueguesa de tratamento aeróbico de esgoto CFIC, que consiste na instalação de filmes de suporte para o crescimento de material biológico. Logo na entrada da estação, o efluente passará por gradeamento para retirada de material grosseiro. Na sequência, vai para caixa desarenadora, onde são retiradas as chamadas sujeiras finas.
Dali, segue para uma estação elevatória e chega até a entrada do processo de tratamento, composto por reatores biológicos que retiram cerca de 80% do material orgânico e que oxidam parcialmente o nitrogênio; adensamento do lodo em centrifugas; e desinfecção final. Após essa etapa, a água, já tratada, volta ao corpo hídrico, que no caso é o Ribeirão Funil.
Esgotamento sanitário em Ouro Preto
Atualmente, a Saneouro opera uma Estação de Tratamento de Esgoto, localizada no distrito de São Bartolomeu. Com isso, o índice de esgoto tratado, diante do que é coletado no município, é de 0,67%.
Segundo Evaristo Bellini, a Saneouro já tem estudos avançados sobre as melhores tecnologias e soluções para o tratamento nos outros 11 distritos ouro-pretanos. “Em Cachoeira do Campo, o projeto está bastante avançado”, diz.
Ele enfatiza que trazer o tratamento de esgoto é oferecer mais qualidade de vida e saúde à população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 9,00 em saúde pública.
Isso porque o saneamento adequado diminui o número de doenças de veiculação hídrica, ou seja, aquelas disseminadas pela água (disenteria, diarreia, viroses, cólera, leptospirose, esquistossomose, hepatite A e febre tifóide, entre outras) e, por consequência, diminui o número de internações hospitalares e consultas médicas acarretadas por essas doenças. “Iniciamos nossa atuação em Ouro Preto em 2020, é uma concessão de 35 anos de duração e temos muita alegria em afirmar que vamos mudar o panorama do saneamento na cidade e, por consequência, o dia a dia dos moradores”, afirma.
Você sabia?
Dados históricos apontam que Ouro Preto teve o primeiro sistema de tratamento de esgotos da América Latina, construído no século XIX. Os tanques de desinfecção ainda encontram-se na região da Barra, ao fim do Beco da Mãe Chica, mas estã